12 fevereiro 2012

Estrelas cadentes

As verdadeiras divas são seres frágeis, suicidas, que por tradição se auto-detonam. Não podem e não devem envelhecer tranquilamente, como uma mera dona de casa. São como estrelas cadentes, luzes cósmicas que despencam de repente, em silêncio. Elas não aguentam e pulam fora. Estrelas não gritam quando caem.

5 comentários:

Cristina Soares disse...

:(

As Tertulías disse...

belo!

Joicy Sorcière disse...

Olá... estava em outro blogue e acabei encontrando o seu... me interessei e entrei!

Foi então que li essa postagem sobre a Diva[seria ex? ou não?]... faltou inteligência emocional, para ela, né!? Não, eu não estou julgando(pq não sou dessas...rsrs)... estou lamentando! Pq sim, foi uma grande perda! Mas, há muito ela já estava fora de controle. Há muito ela estava como as estrelas cadentes... querendo "pular fora"!

Eu desejarei, sempre, que as divas envelheçam (mesmo que de forma nada tranquila)... algumas ainda conseguem chegar ao equilíbrio! Agumas conseguem ser como as outras estrelas, que não são cadentes. :)

Gostei da analogia, viu!?

bjinhos JoicySorciere => Blog Umas e outras...

Unknown disse...

Linda homenagem. Sinto muito pela partida prematura.

Anônimo disse...

Estrela quando morre, em caso extremo, se transforma em buraco negro e dele nada escapa, suga tudo à sua volta. Não reflete luz.

Ser doente e adoecer os queridos é triste e sem qualquer glamour. Não aceitar envelhecer é loucura da sociedade que supervaloriza a juventude eterna. Assim, aumentam os exércitos de velhos esticados nas salas de cirurgias que a cada dia perdem mais a noção: rosto puxado, boca e olhos se encontram com orelhas, peito-bolota mirando para o céu, pescoço e mãos enrugados! Quando sorriem os braços se levantam. Cruuuzes!

Melhor viver e morrer como uma pessoa comum, uma mera dona de casa, singela professora aposentada, em paz com a vida e sem absorver a energia daqueles que estão ao seu lado. Quero viver minha velhice e a minha morte.

"Pois ser eternamente adolescente nada é mais demodé / Não sei por que essa gente vira a cara pro presente e esquece de aprender / Que felizmente ou infelizmente sempre o tempo vai correr." (Arnaldo Antunes)