28 setembro 2007

Tropa de Elite

Ney Latorraca: “- Ih, peraí, dá um tempo, vou sair com pipoca entranhada no dente!”
Foi no Cine Odeon, durante o Festival do Rio, a estréia nacional de “Tropa de Elite”, o filme mais pirateado, re-pirateado, assistido, comentado e controvertido do momento. Quem ainda não viu é mulher do padre, rá rá !
O fotógrafo Marcos Ramos, que estava lá no mega-balacobaco, registrou tudo e mandou essas fotos bacanérrimas, aqui pro blog. Mandou muito bem !
É ótimo ter uma irmã casada com um fotógrafo famoso. Êba ! Valeu, Marcos !
Aqui no Av. Copacabana você lê anúncios sórdidos de garotas de programa, atura as minhas piadinhas sem gracíssimas, mas também fica pertinho das estrelas e celebrities.
Assim tipo um Blog-TV Fama...
Praticamente um Nelson Rubens. Ókei, Ókei !

Carolina Dieckmann e Maitê Proença - lindas, magras, chiques, ricas, louras e com cabelos que balançam. E elas ainda têm anelões de brilhantes imensos.
O que mais essas duas poderiam querer da vida ?

Maria Ribeiro e Wagner Moura - protagonistas casados em "Tropa de Elite".
Do lado direito, a moça sentada bem quietinha, bonita, low-profile, super na dela, é a Sandra Salgado, a mulher de Wagner na vida real.


Wagner : - "Será que todo mundo que veio aqui hoje já assistiu o filme em cópia pirata ?"
Sandra : - "Claro que sim ! Neguinho já viu, mas veio assim mesmo pra filar o coquetel, né. Fica na tua, Wagner !"

E você, já assistiu ?

Fotos - Marcos Ramos

24 setembro 2007

Garotas boas e más

Um orelhão geralmente serve como telefone público.
Mas como em Copacabana nada é o que parece, orelhão aqui é out-door pras garotas de programa anunciarem seus serviços em folhetos coloridos, com fotos pra lá de ousadas.

Bionda, loiríssima, boazuda, 30 anos, seios turbinados, bumbum guloso.
Sem frescuras, sem decepções, comprove ! 24 horas


Thalita, mineirinha, êta mulata assanhada...
Tenho uma boquinha de veludo inesquecível ! 24 horas
Diana
, lindíssima, morena, 25 anos, cabelos lisinhos,
man.38, 1,75 alt., capa de revista, carinhosa, boca nervosa, sem decepções !
Completinha !!! 24 horas

“Garotas boas vão para o céu. Garotas más vão pra qualquer lugar.”
Algumas vieram do interior tentar a sorte, tem sempre esse papo.
Entraram na prostituição pra ganhar uns trocados, sair do sufoco, filho pequeno, mãe doente e tal.
Muitas eram semi-virgens mas gostaram de vender sexo e oferecer seus serviços de saliência e foram ficando no negócio. Têm vocação.
Biondas, Thalitas, Dianas, Camilles e Grazielles são unânimes, acham a Bebel de Camila Pitanga o máximo.
Assim como a Bebel da novela achou o seu Olavo, todas essas mulheres acreditam - pergunte a qualquer uma delas - que um dia vão encontrar um homem pra chamar de seu.

-“ Em 20 minutos, oral e vaginal é liberado. Vale tudo, só não vale mijar em mim e nem me bater.” – diz a Bebel pra quem telefonei. Ela faz kelvi, me explicou que é sexo oral sem camisinha. Fiquei besta em saber. “ - Você não vai se arrepender, sou uma mineirinha recém chegada, inexperiente, quase virgem, vou te levar à loucura !” – ela insistiu, com um forte sotaque nordestino.
Então, será que é mesmo verdade o que dizem sobre as garotas boas irem pro céu ?
Aqui as garota más vão pra qualquer lugar.
Pelo menos as daqui, de Copacabana.

Fotos - Jôka P.

22 setembro 2007

Fotos da festa

Essa é a foto oficial da minha festa de aniversário.
Em primeiro plano, eu e a
Palpiteira, nos divertindo a valer com o Alziro Patafizico depois de tomarmos uns anti-depressivos com dry Martinis preparados pela Marion Novaes.

Uma blogueira doidona e extrovertida decidiu ficar nua e tomar um banho de descarrego com o garçon do buffet, diante dos convivas perplexos.

Oitocentos convidados participaram entusiasmados de uma blogagem coletiva.
Os mais assanhadinhos passaram para o salão privê e promoveram um frenético troca-troca de links.

20 setembro 2007

Birthday

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

Hoje é meu aniversário.

Photo Sharing and Video Hosting at Photobucket

18 setembro 2007

A mulher de verde

Copacabana é um bairro cercado de gente bizarra por todos os lados.
Uma das figuras mais estranhas e conhecidas que circula por aqui é a mulher de verde.
Como imagens valem mais que palavras, dá pra ver que ela usa tudo verde, bem verdinho dos pés à cabeça, incluindo cabelos e unhas.

Além disso, quando essa senhora anda pela Av. Atlântica, só pisa na parte branca do chão – vai acompanhando os desenhos sinuosos das famosas ondas de pedras portuguesas do calçadão e cantando algo assim que eu não saberia repetir, mas que parece uma espécie de mantra.

Acompanhei um passeio da bizarra mulher de verde e fiz essas fotos.
Ela, que sempre chama tanta atenção por onde passa, não se importou, não achou ruim, ficou super na dela.
Acho até que curtiu.

Copacabana é que nem as Lojas Americanas: tem de tudo.
Gente de todas as cores e feitios, com manias e excentricidades inimagináveis, pra atender a todos os gostos, convivendo numa boa, lado a lado.
E que seja assim, sempre assim, até o final dos tempos.
Amém.

BÚ !
fotos - Jôka P.

13 setembro 2007

Senhores passageiros...

Senhoras e senhores passageiros, peço desculpas por incomodar a sua viagem.
Meu nome é Jôka. Eu poderia estar pedindo, poderia estar roubando, poderia até estar assaltando para sustentar o meu vício blogueiro.
Mas estou aqui, em Copacabana, apesar de todas as dificuldades, fazendo esse blog honestamente.

Essas fotos foram feitas na Confeitaria Colombo do Forte de Copacabana.
A moça bonita, pra quem ainda não conhece é a Ana de Toledo - do blog CopacabANA, mas que já era minha amiga muito antes de existirem os blogs, internet, computadores e a energia elétrica.
Aninha foi vedete no Cassino da Urca, estrela absoluta do Grande Teatrinho Trol, garota propaganda das Perucas Lady e no auge de sua carreira apresentou com grande sucesso os espetáculos Tonelux, na extinta TV Rio.

Brincadeirinha... sorry, Ana !

Como se não bastasse a minha casa em reformas estar parecendo um set de filmagem de Platoon, o meu computador deu pau, queimou definitivamente e teve que ser trocado. O maldito HD foi pras cucuias levando pra terra do nunca todas as informações e arquivos.
Dançaram fotos, imagens, textos e tudo mais o que havia nele.
Também perdi TODOS os e-mails.

Quero pedir a vocês que me mandem seus endereços de e-mail, pra que eu possa refazer a agenda. Sejam legais (sei que são) e façam o Jôka feliz.
Podem deixar seus e-mails aqui nos comentários ou se preferirem, enviar pro:
jonaseduardo@openlink.com.br

Vou ficar esperando e anotando, tá !
Agora tenho que voltar à vida real.

Mas... existe uma vida real ?

06 setembro 2007

Em obras

Desculpem o transtorno, estamos em obras para melhor atendê-los.
Trocando de computador, sem conexão de internet e fazendo um monte de reformas em casa.
Existe vida antes da morte.
Estou temporáriamente fora do ar, mas volto em breve, vapt-vupt, ou a qualquer momento em edição extraordinária.
Vou sentir saudades de vocês, acreditem. Não sumam.
Não tenham juízo e nem se comportem.

04 setembro 2007

Morticia

Nada mais me impressiona. Eu já vi de tudo, provei de tudo e já fui a todas as festas.
Depois daquele bode existencial envolvendo um funeral e um amigo que se transformou no meu mais absoluto oposto, acho que finalmente estou conseguindo retomar aos poucos a minha antiga forma normal, ou seja: impaciente, incoerente, irônico, ácido e politicamente incorreto.
Na verdade nada disso é culpa de ninguém. Sempre fui insuportável.
Pra quem não gostar é melhor ir ler um bloguinho meigo e fofuxo - que aliás é o que mais tem, né.

Passando por uma loja super vagabunda na Av. Copacabana não resisti a essa sinistra manequim decadente, com a peruca ruiva de nylon desgrenhado e o vestido de vinte e nove Reais, feito com uma canga de camelô e alguns fios velhos de lastex.
A boneca parece uma puta desarvorada, sem a menor esperança de conseguir um cliente, paradona ali na frente de um cestão básico de mochilinhas baratas e ordinárias da Penélope Charmosa.
Ela é a Morticia Adams de Copacabana.

Fiquei me perguntando, enquanto tirava a câmera digital do bolso da bermuda...
Será que algum ser remotamente humano teria coragem de comprar (e usar) esse vestido medonho - ainda que pelo preço módico de vinte e nove Reais ?
Quem ? Uma gorda ? Uma pobre ?
Alguém sem um pingo de noção do ridículo ?

A resposta passou bem ali na minha frente, atravessando a Rua Prado Junior, bem em frente ao prédio do Jáder e da Bebel: uma gorda pobre e sem um pingo de noção do ridículo.
Algumas pessoas são tão escrotas que sei que permanecerão na minha memória pra sempre, ainda que eu as tenha visto por um único segundo, atravessando a rua.

Só queria pedir um favor pra vocês: se alguém quiser deixar algum comentário,
por favor, deixem com palavras bem simples, porque ainda estou meio lesado com a visão da obesa vestida de calçadão de Copacabana, tá ?!

01 setembro 2007

Preto e branco

"As tragédias alheias são sempre de uma deseperadora banalidade" - acho que foi Oscar Wilde quem disse isso.
Ontem fui ao velório do pai de um amigo que conheço desde sempre, a vida inteira - já até perdi a conta de há quantos anos o conheço.
Nos anos 80 fomos muito parecidos, muito próximos, semi punks. Hoje ele é um advogado super bem sucedido, sério, famoso, casado e cheio de filhos que vão ser como ele.
R. se tornou o oposto de mim.
A secretária me telefonou de tarde dizendo “O Dr. R. pediu para avisar que o pai dele faleceu, o velório será na capela tal e tal ...”
O pai do meu amigo era juiz, um homem enorme, poderoso, que falava alto, com voz de trovão. Dentro do caixão ele parecia tão menor, parecia pequeno mesmo. Como se tivesse encolhido.
Como se a morte encolhesse as pessoas.

Fiquei deprimido, acho que era de se esperar numa situação dessas.
Abracei meu amigo, abracei a irmã maluca dele que vive entrando e saindo de clinicas psiquiátricas, beijei a mãe deles. Ela também parecia menor do que nunca.
Era como se eu estivesse em Liliput - aquela terra das viagens de Gulliver, povoada por seres minúsculos.
Andei um pouco e peguei um taxi.
Botafogo era um breu, uma escuridão sinistra. Black-out.
Dormi muito cedo, nem sei quantas horas. Isso acontece quando não estou legal.
Nem sei o que me deu pra ficar contando essas coisas.
Logo eu que tento sempre ver o mundo através de um olhar bem-humorado e mostrá-lo aqui filtrado por uma lente soft - um filme technicolor.