Na novela A Favorita, a sofrida personagem Catarina (Lilia Cabral) vai enjoar de tanto tomar coió do marido, o troglodita cruel e suarento Leonardo (Jackson Antunes, de nariz operado) e vai formar um casal romântico com Cléo (a loura Paula Burlamaqui), botando aquela aranha caranguejeira peluda e vingativa pra dar um show de lesbianismo mezzo-vaginal e mezzo-clitoridiano.
Ou seja, nessa novela, a mulher maltratada, de revanche vira sapata.
A Catarina é mal-comida. Então troca a mala-rústica do Jackson Antunes pela aranha-platinum-blonde da Paula Burlamaqui. Faz uma opção (homo)sexual.
Como se existisse esse papo de “opção sexual”.
Existe isso ? Lógico que não !
Claro que ninguém escolhe virar gay. Assim como um gay ou lésbica não pode querer "se transformar" em heterossexual. Nem que a vaca tussa. Não rola. Isso é totalmente impossível. A pessoa nasce, vive e morre com a mesma orientação sexual, seja ela qual for, pau, cú ou xereca. Não rola essa tal “opção”.
Será que existe por acaso uma opção racial ? Uma loura, por exemplo, poderia resolver optar por se transformar em uma negona ? Ou vice-versa ? Não pode.
Existe ex-marido, ex-namorado, ex-amigo, ex-gordo, ex-rico, ex-pobre, ex-empregado, ex-patrão, ex-presidiário, ex-presidente, ex-puta. Mas não existe ex-viado.
Até existe gay que (diz que) come mulher. Mas isso não é ex nada. É só um viado comendo uma xereca.
Assim como uma ex-lésbica, isso também não tem a menor chance de existir.
Não existe um ex-gay e nem uma ex-sapata.
Só gay e sapata, pra sempre, forever.
Nesses casos não existe “ex”.
Mas o nosso amor é lindo.
