Cangas ...
Olha o picolé !
Chocolate, limão e abacaxi !
Domingo na Avenida Atlântica.
Essa é a nossa verdadeira cara .
Bem vindos ao Miami Show !
O maior Porno-Shop da Avenida Copacabana !
O Miami Show é a casa de saliência que fica na esquina da Av. Copacabana com a Praça Serzedelo Correa. E está bem ao lado da ... Igreja Nossa Sra. de Copacabana.
Vocês não sabem da missa a metade.
" Troque três embalagens de cigarro por uma garrafa de lança-perfume."
O anúncio foi publicado há 80 anos, quando o pecado não só era permitido como incentivado — e estará na exposição que conta a história do GLOBO através de seus anúncios.
Eram tempos politicamente incorretíssimos.
Havia um tipo de cerveja que funcionava como complemento alimentar para a mulher que amamentava.
Uma pasta russa que tanto aumentava como diminuía o seio, dependendo da necessidade estética da senhora.
Jogo de panelas era presente de Natal para a mulher (“ elas resolvem a cozinha, enquanto você cuida de outros afazeres do lar ”).
O slogan dos cigarros Veado era outra baforada cheia de preconceito:
“Veado, fumam o rico e o pé-rapado”.
A curadoria da exposição, que será inaugurada em setembro, é do publicitário Lula Vieira.
Da coluna de Joaquim Ferreira dos Santos – O GLOBO
eles passarão...
e eu passarinho. "
Mario Quintana
O Rio é sexy porque no verão as cigarras profanas encobrem a hora da Ave Maria.
As pessoas se alisam enquanto falam.
Convivem com a vida selvagem dos macacos entrando pelas janelas no Jardim Botânico.
E temem, tanto quanto a bala perdida, o caldo nos dias de mar agitado.
No calçadão do Leblon pela manhã elas dão a impressão de passearem numa pista de spa, onde cuidam do corpo antes de seguirem para os escritórios na selva de pedra.
Ninguém aguenta ser sexy o dia inteiro.
O Rio é sexy porque trabalha-se muito e dá água na boca passar pela Av. Atlântica com aquela multidão na praia se comportando como em eternas férias, compromissada apenas com a necessidade de o corpo pegar sol, endurecer a pele contra as salinidades da vida prática.
E sentir no cangote o bafo excitante da maresia.
Maresia é o perfume da mulher carioca.
Para radicalizar um jeitão de que sofre-se, rala-se.
Mas no fim de semana tem sol e férias na pressão.
Pouco colarinho, por favor.
Joaquim Ferreira dos Santos
Brigitte tem uma identidade secreta.
Ela é Baby, a espiã mais corajosa e inteligente da CIA, o serviço secreto americano.
Mestre nos disfarces, poliglota, faixa preta em diversas artes marciais, Baby está sempre disposta a viajar até os países mais distantes com um único e nobre objetivo :
Salvar o mundo.
Brigitte Montfort é uma série de livrinhos de espionagem, escritos pelo talentosíssimo espanhol Lou Carrigan, que eram vendidos durante a década de 70 em todos os jornaleiros do Rio de Janeiro.
Durante toda a minha adolescência devo ter lido e colecionado apaixonadamente ao menos 400 livros com as aventuras da espiã Brigitte Montfort.
Isso não é segredo, já que no dia 2 de julho, fiz um post em homenagem à Baby Montfort , que já está em arquivo, aí do lado.
Hoje de manhã, abrindo os meus e-mails, havia um intitulado :
Brigitte Baby Montfort.
Assinado por ... Lou Carrigan.
É isso mesmo, e se você não entendeu ainda, vou explicar melhor, tá ?
Lou Carrigan, o escritor espanhol da série Brigitte Montfort, ELE MESMO, o famoso e talentoso e tudo de bom, LÊ O MEU BLOG ...
Vou repetir pela ultima vez, em maiúsculas, para os mais distraidinhos :
LOU CARRIGAN É LEITOR DESSE BLOG !
Não só lê , como me mandou a seguinte mensagem, de Barcelona, que eu faço questão de dividir com vocês :
Gracias por su interés por mi querida espía.
Saludos cordiales.
LOU CARRIGAN
www.loucarrigan.com
Gracias ? Quem lhe agradece sou eu !!!
Gracias Señor Carrigan !
Obrigado, senhor Carrigan !
Podem acender os holofotes. Eu estou pronto para o close-up.
:o)
"Sou um menino que vê o amor pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa.
Nasci menino, hei de morrer menino. E o buraco da fechadura é, realmente, a minha ótica de ficcionista.
Sou - e sempre fui - um anjo pornográfico."
Toda mulher bonita leva em si, como uma lesão da alma, o ressentimento.
É uma ressentida contra si mesma.
Tudo passa, menos a adúltera. Nos botecos e nos velórios, na esquina e nas farmácias, há sempre alguém falando nas senhoras que traem. O amor bem-sucedido não interessa a ninguém.
Há na aeromoça a nostalgia de quem vai morrer cedo. Reparem como vê as coisas com a doçura de um último olhar.
Ou a mulher é fria ou morde. Sem dentada, não há amor possível.
Todo tímido é candidato a um crime sexual.
Todos nós cariocas já nos habituamos a ter Carlos Drummond como companheiro de nossas caminhadas na beira da praia.
Muitas vezes aproveitamos para tirar uma foto, sentados ao lado do poeta.
No meio do caminho não haverá uma pedra.
Não haverá mais nenhuma pedra no meio do caminho.
Carlos já se integrou à paisagem.
" Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra disse:
Vai, Carlos! vai ser gauche na vida. "
" Mundo mundo vasto mundo
se eu me chamasse Raimundo
seria uma rima, não seria uma solução.
Mundo mundo vasto mundo,
mais vasto é meu coração. "
Carlos Drummond de Andrade
(1902-1987)
Iris Lettieri - 1986
1972
" Por parte de minha mãe, fui educada ouvindo música clássica, apreciando a boa leitura e ouvindo também uma outra frase que muito me marcou :
- " Filha, tudo o que você fizer, até o errado, faça com classe."
Em dezembro de 1976, fui convidada pela Infraero, então ARSA, para ser a voz oficial do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.
Continuo como "Free", sendo a voz dos seguintes aeroportos internacionais:
Foz do Iguaçu (Paraná), Guarulhos (São Paulo), Congonhas (São Paulo), Eduardo Gomes (Manaus), Antonio Carlos Jobim/Galeão (Rio de Janeiro), Santos Dumont (Rio de Janeiro), gravando publicidade e apresentando eventos. "
O site de Iris é o máximo. Tem fotos lindas e até o som de sua voz de veludo.
Você se sente embarcando em um vôo noturno, de primeira classe, para Paris.
Pra conferir, clique AQUI .
Sabe como é o apelido que o carioca deu pra aquele vendedor que se aproveita do sinal de trânsito fechado, pra botar um saco de balas com um pedido de esmola no retrovisor do carro ?
:o)
Com a estréia do filme "Bloqueio", estrelado por Henry Fonda, no dia 3 de setembro de 1938, inaugurava o Cinema ROXY, que hoje é uma das duas últimas salas de exibição de filmes de Copacabana.
Um maravilhoso cinema, em arquitetura Art-Deco, que fica na Av. Copacabana, esquina com Rua Bolívar. Hoje foi reformado e transformado em três salas menores.
Foi criado originalmente para passar Cinerama ... Ninguém mais sabe o que é isso ?
Era um sistema moderníssimo de projeção sincronizada com três projetores, que formavam uma imagem enorme numa tela gigantesca, de aproximadamente 120 graus.
Foi lá que ainda menino, assisti, com o sistema Cinerama a grandes filmes “catástrofe”, que eram a super moda da década de 70 :
Krakatoa, o Inferno de Java - Vulcão numa ilha do Pacífico, devastava tribos inteiras de nativos ingênuos e expedições de colonos ambiciosos, soterrados por lava fumegante .
Inferno na Torre - Edifício high-tech, em estilo Jetsons, lotado, era destruído por um incêndio incontrolável, no dia da festança de inauguração .
King Kong - Gorila gigante, surtado e furioso, espalhava pânico, pisoteava e aniquilava parte da população novaiorquina.
Terremoto - Abalo sísmico, como uma maldição de proporções bíblicas arrasava Los Angeles, e matava até Ava Gardner !
O Destino de Poseidon - o melhor de todos - Transatlântico luxuoso, chamado Poseidon, repleto de socialaites e poderosos, naufragava em alto-mar na noite de Natal, dizimando praticamente todo o elenco. A excelente Shelley Winters, já gordíssima, acabava afogada nas profundezas do oceano... E a linda lourinha da época, Stella Stevens, morria queimada, semi-nua, caindo em uma bola laranja de labaredas demoníacas.
Bons tempos em que o auge do terror era isso.
Babau !
O Destino de Poseidon - Cartaz original
