Domingo de Parada Gay, o que transformou a Praia de Copacabana numa sucursal do inferno, multidões efervescentes descendo do metrô aos gritos, como tribos de aborígenes enlouquecidos. De tarde, lá pelas quatro, fomos ao aniversário do Miguel, amigo-irmão da vida inteira. Um príncipe! Como é lindo o apartamento dele, uma cobertura super bem decorada, com vista deslumbrante pra Lagoa! Haviam mais estrelas por metro quadrado que na constelação de Ursa Maior.
Foi bom rever amigos e amigas - e perceber que fui uma referência de vida pra alguns deles. E que continuo querido. Essa parte ainda me surpreende um pouco. Eu e a minha baixa auto-estima.
Moyses parecia um pinto no lixo, todo contente, tropeçando na realeza teatral e televisiva, sendo apresentado à todos, um por um - e ouvindo "ao vivo" aquelas histórias que gente de teatro sempre sabe contar tão bem. Como são vaidosos, glamurosos e fascinantes esse "famosos"!
Bebi tanto champagne rosé que quase rolei as escadas de mármore branco do salão. Serviço impecável, salgadinhos incríveis, comida deliciosa, vasos de cristal com arranjos de flores super coloridas, tudo de bom! Adoro.
Novamente tive a certeza de que estava acompanhado dos meus mortos, a quem prefiro chamar de "meus anjos", e que sempre me protegem: os meus avós, o francês Phil, o terrívelmente lindo Ivan - e a minha mãe. Que poderosos - e quanto esforço devem fazer pra me manter vivo e seguro! Eu tenho a força.
