Correntes...

Não mando e nem recebo correntes.

Quando chega um e-mail que começa com um terrível “Cuidado, novo golpe na praça...” ou “Atenção !...” me dá um entojo tão grande que deleto imediatamente. Sem ler.
Isso quando não mando para o limbo dos remetentes-malditos-bloqueados-eternamente.

Aquelas campanhas pseudo-humanitárias ou ecológicas do tipo “vamos correr pela paz” ou “vamos caminhar contra isso e aquilo”, deleto na hora.
Piores são as mensagens que têm o desplante de me ameaçar com maldições apavorantes, caso eu não mande o mesmo e-mail reproduzido, para no mínimo duas dúzias de infelizes.

Existem vários tipos de correntes.

As que chegam revestidas de boas intenções, prometendo a felicidade absoluta.
As que trazem orações ou versículos cafonas, que devem ser repetidos em algum ritual ridículo.
E as piores de todas, as correntes pidonas :
Alguma pobre coitada está supostamente em situação lamentável, precisando de uma doação urgente na conta bancária tal e tal...
Só um surtado ou alguém sem nenhum pingo de educação básica é capaz de passar adiante uma coisa dessas.

Recebo muitos e-mails, e quem me escreve sabe que respondo a todos.
Faço isso com o maior prazer.
Me pedem conselhos sobre os mais diversos assuntos - acho estou me transformando em uma espécie de "Tio Jôka Conselheiro".
Enviam arquivos com fotos de crianças debruçadas sobre bolos de aniversário e pratos de docinhos variados.
Fotografias fofas de gatos, tartaruguinhas e toda sorte de mascotes domésticos são as mais comuns.
Recebo até algumas imagens inenarráveis, que poderiam ilustrar um compêndio sobre a anatomia humana.
Respondo à todos, feliz da minha vida.

Mas correntes, nem pensar, tá ? !

Essa foto lá em cima, é para a amiga Claudia Palpiteira, que gosta muito de correntes.

Desde que sejam de ouro e brilhantes.