Os guarda-chuvas do amor

Todo fim de ano chove aqui em Copacabana, isso é batata!

A novidade é que os camelôs estão vendendo esses guarda-chuvas incríveis com imagens de cartões postais do Rio de Janeiro (se bem que em um dos cantos tem uma Catarata do Iguaçú totalmente equivocada, né !?).

A galera comprou estoques, e em menos de 10 minutos fiz um monte de fotos do povo usando o tal souvenir mega kitch utilitário.

Só um detalhe: essas fotos foram tiradas em frente ao Hotel Copacabana Palace, ou seja, todas no mesmo lugar.

Obrigado a você, por vir mais uma vez passear comigo aqui em Copacabana, apesar da chuva, apesar da falta de tempo, apesar da violência e apesar de todos os pesares.

Não tenho que reclamar de nada, muito pelo contrário.

Só posso agradecer. De coração... valeu!

Fotos - Jôka P.

Meu coração também é um avião à jato

Um homem olhando pra rua, pela varanda de um quarto de hotel. Talvez ele esteja vendo alguém partir. Pode ser também que ele espere por alguém que ainda vai chegar. Ou então, está olhando pra dentro de si.

Esse cara até poderia ser eu. Ou você. Ele é um pouco de todos nós.

Em 2009 descobri, entre outras coisas importantes, que ainda posso dizer eu te amo, inclusive pra mim mesmo - coisa que eu já duvidava que pudesse voltar a acontecer. Espero que você também tenha essa mesma sorte.

E se não voltarmos a nos ver ainda esse ano, torço muito pra não nos perdermos mais de vista.

Porque, como você mesmo vive dizendo, a vida e o tempo passam voando. Como o meu coração, que também é um avião à jato.

Feliz 2010, e até o ano que vem !

Fotos- Jôka P.

All I want for Christmas

All I want for Christmas is you.

Tudo o que eu mais quero no Natal: vocês aqui comigo.

A paixão segundo M.F.

Incrível como os meus sentimentos são previsivelmente cíclicos. Por razões que não vêm ao caso agora, associo o amor à perda, em seguida ao abandono, ao luto, pra só depois de algum tempo reciclar aquilo tudo e fazer uma vitamina emocional no meu mixer interno.

O meu querido e sábio amigo M. F., me disse ainda há pouco, que a gente inventa uma paixão pra si pra se distrair e pra reaquecer as nossas vidas insípidas e mornas. Essa é a paixão segundo M. F.

Se êle tiver razão – e geralmente tem – aquele afeto devastador, possessivo e cego, beirando a obsessão que inventei, serviu principalmente pra aquecer o meu coração, que estava carente e gelado.

Faz sentido. E esse sentimento se tornou aterrorizante quando veio acompanhado da minha velha conhecida, Dona Rejeição.

Mas também, e felizmente, acabou se transformando em aceitação, amadurecimento, autoconhecimento, em alívio e finalmente em admiração incondicional pelo outro.

Pode até parecer fácil me sentir seguro e feliz por um período, não estando perto de alguém que amo.

Mas o melhor – e também o mais raro e difícil – é quando a felicidade e a joie de vivre vêm de dentro de mim.

Aí sim. Aí é que o bicho pega.

A vida passa como um rato veloz atravessando a sala de jantar !

Estive muito tenso nos dias que precederam o encontro da minha turma do Colégio Andrews em mil e novecentos e lá vai fumaça. Afinal, passamos uma boa parte da adolescência juntos e já não nos encontrávamos há umas duas (ou três?) décadas.

Marcamos no Manuel & Juaquim, um bar super simpático na Praia de Copacabana e chegamos todos pontualmente na hora marcada. Abraços e muitos beijos calorosos !

Pra minha surpresa, as pessoas com quem convivi na minha juventude, ainda pareciam praticamente iguais, apesar do tempo. Algumas estavam até mais bonitas. Acho que o tempo foi bom e generoso conosco. Comigo, sei que foi... rsrs...

Cristina sempre foi aquela morena bonita e glamurosa que passava pelo pátio da escola e dava um surto de torcicolo em todos os caras. Hoje continua arrasando e, quem diria, já é avó de uma menininha fofa.

Eliane se formou em arquitetura, mas preferiu seguir a sua verdadeira vocação: fez escola superior de música e tornou-se cantora lírica. É integrante do coro do Theatro Municipal do Rio de Janeiro, e participa de todas as montagens de óperas. Está muito bem casada, tem um casal de filhos lindos e mora em Copacabana.

Maria Carmen foi minha namorada. Que eu me lembre, deve ter sido a última. Mas quero deixar claro que a culpa do rompimento não foi dela não, viu. Mea Culpa. Mea Máxima Culpa.

Ao lado, de amarelo limão, a super querida Marcia, tendo convulsões com o nosso papo brabo. Em tempo: debaixo dessa aparência de santinha, Marcia estava usando sutiã de strass. Meninos, eu vi.

Também tive a grande alegria de rever a Esther, que é psicóloga e artista plástica premiada em Londres, e o casal Adrianne e o Jorge, amigos muito queridos desde o tempo em que eu me parecia com o roqueiro Peter Framptom, do The Who.

A noite foi bacanérrima, bebemos, rimos muuuito - e já marcamos um novo encontro: domingo que vem vamos nos ver chez Maria Carmen. Yes !

Qualé ? Vai encarar ?!

Copacabana é azul

Dois caras sentados em seus quartos, sozinhos, diante de seus computadores, estão enviando mensagens pelo twitter. Mas eles não se vêem. Dois caras sentados um na frente do outro, se falam, sem se ver.

É muito estranho olhar pra mim e perceber que o tempo está passando tão depressa que quase já dissolveu aquele sujeito que fui há umas poucas semanas atrás.

Legalmente louros

Quer me ver feliz assim que nem pinto no lixo? Me joga no backstage de um grande espetáculo musical, em uma daquelas montagens de superproduções da Broadway que o Miguel sabe fazer superbem.

Tá vendo na foto ? Então. É assim que eu me sinto quando vou aos bastidores de Hairspray, como fiz hoje. E olha que praticamente "cresci" frequentando a maioria dessas peças, já deveria estar mais do que acostumado. Mas sempre sinto um arrepio quando estou lá atrás.

Adoro aquelas bailarinas subindo e descendo as escadas, o elenco se aquecendo, os papos dos atores falando baixinho durante o show, o retorno da orquestra, o entra e sai silencioso dos contra-regras, os aplausos, e gosto principalmente daquela energia incrível !

Não dá pra descrever. Só estando lá pra sentir a vibe.

A gente às vezes fica um tempo sem se ver. Mas quando se encontra, você pode bem imaginar o que rola !

Não é à toa que tanta gente diga que os louros sempre se divertem muito mais.

A Dani Winits estava fazendo aniversário. Ela completou 30 e... poucos anos, toda trabalhada no laquê, no corpaço e no cabelão. Feliz aniversário, loura !

Cenas de um casamento

Juro que achei incrível esse video de casamento musical ! Surpreendente, glamuroso, kitch, fofo, meio tosco, muito original e todo trabalhado na maior alegria e cara de pau. Bacanérrimo ! Vocês arrasaram, Bine e Bruno, tomara que sejam super felizes pra sempre. Yes!

Dica do @AndreV_

Quero ser Jôka P

“Meu coração é um anjo de pedra de asa quebrada.
Meu coração é um filme noir projetado num cinema de quinta categoria. A platéia joga pipoca na tela e vaia a história cheia de clichês.
Meu coração é um deserto nuclear varrido por ventos radiativos.”
(...)
[Caio Fernando Abreu - Na terra do coração]

Depois de uma ruptura sempre leva um tempão pra que eu desista de tentar procurar em desconhecidos a pessoa que deixei pra trás.

Já me chamaram de melodramático, e pensando bem, é verdade. Também sou descontroladamente emotivo, super insistente, carente e muito, mas muito espaçoso. E principalmente, sou irônico, palhaço, otimista, cheio de esperanças inventadas. E leal.

Nunca tive problema em expor os meus sentimentos. Ao contrário, o mais difícil pra mim é justamente escondê-los. Na verdade, não tenho nada a esconder.

Dizem que a dor da gente não sai no jornal. A minha sai.

O video musical muito incrível do Bruno Morais é um presente da minha super querida Cris Carriconde . Eu queria estar dentro desse video, com essas pessoas, Cris ! Na verdade, de tanto escutar e ver o clip, acho que já entrei lá.

Sayonara Twitter !

Lembra quando eu falava super mal do Twitter, rejeitava horrores aquilo e tal? Então. Depois de algum tempo a curiosidade gritou, acabei cedendo e abri uma continha lá. E em 10 minutos estava totalmente viciado. Babau!

Me envolvi com gente virtual e até me "apaixonei" por um ser de mentirinha. Cheguei ao ponto de sofrer, de perder o sono, acredita? Você não tem noção do que foi. Eu já estava saindo do meu corpão, da minha vida real e virando um ser virtual, um avatar. Uma piração.

Daí a forma que encontrei pra conseguir escapar daquela neurose foi a mais radical: deletei a minha conta. Respirei fundo, contei até 3 e apertei o botão delete, como quem mergulha em uma piscina gelada, deixando pra trás toda aquela second life.

Apertem os cintos que a coisa vai ser turbulenta!

Jôka P. está de volta à Av. Copacabana.

UPDATE: Tá legal, esqueçam tudo o que vocês leram aqui acima. Pouquíssimos dias depois não aguentei mais a fissura e já reativei minha conta do Twitter. Woo hoo !

Rsrsrs... não me joguem tomates, tá ?! \☺/

Disney in Copacabana

Acordei no Domingo com um tum-tum-tum musical muito alegrinho vindo da rua.

Abri a cortina e vi meio incrédulo a seguinte cena: um castelo da Bela Adormecida, todo trabalhado em isopor, se aproximava da minha janela, enquanto uma multidão de gente suarenta (com criancinhas apavoradas nos ombros) saltava do Metrô, e corria na direção da praia.

Olha só a situação.

Não sei que força sinstra me levou a descer até a beira da Praia de Copacabana, pra participar daquela inesperada cerimônia kitch.

Acho que foi uma certa curiosidade mórbida, um masoquismo sórdido. Ou auto punição, sei lá.

Respirei fundo e consegui atravessar aquela massa humana - e com alguma dificuldade, fotografei casais de príncipes e princesinhas vestidos de cetim, que suavam abundantemente enquanto acenavam, se equilibrando sobre alegorias mambembes, de um gosto lamentável.

Bem feito pra mim, pensei. Bebi cervejas demais ontem - preciso me redimir dessa culpa etílica.

Olha só isso ! Você não imagina o que era "ao vivo"!

Até eu, que quase sempre tenho um olhar bem humorado sobre as coisas e geralmente até gosto de uma cafonice, tive crise de pânico, náusea, surto de depressão e taquicardia.

De todos os personagens infantis, o que sempre me deixou mais perplexo foi o Mickey. Nunca entendi bem o perfil psicológico e nem a razão da existência dessa abominável ratazana de cartolinha. Tenho muito medo.

Bom, fiz as fotos e coloquei aqui no blog. Vocês achem o que quiserem. Na boa, eu não me meto mais.

Afinal, não vivo dizendo que em Copacabana tem de um tudo, que aqui tudo é possível? Então.

Fotos - Jôka P.

Bewitched !

Tente a lógica. Mas se ela falhar, tente a magia.

Cafezinho na Tiffany's

Oi ! Você vem sempre aqui ?

Where the boys are

Se me perguntassem o que geralmente rola nos gay bars cariocas eu diria que metade dos caras só quer se divertir.

E a outra metade, se vingar.

Batidão censurado!

Eu tinha postado um video com a Beyoncé dançando funk, mas o youtube tirou do ar no dia seguinte. O que é que essa gente tem contra mim? Ou será que a Dona Beyoncé anda visitando esse blog e mandou tirar do ar? Rs...

Bom, o @fipok, meu amigo chique consultor de bom gosto, bem que tinha me dado um toque, avisando que funk é um horror, o fim da picada, um negócio super cafona e tal. Então eu já ia ripar mesmo.

No lugar do clip censurado, coloquei aqui acima um trabalho meu, essa ilustração mangá que fiz pra capa de um CD do Galeria Café, bar bacaninha aqui do Rio, onde só entra gente chique e incrível. E lá, filhinho, garanto que funk não passa da porta. Aliás, acho que nem Beyoncé.

♫♪♫Tchutchuca treme o bumbum! Treme treme treme!

♫♪♫Treme o bumbum dando uma reboladinha !♫♪♫

Sorvetão Yogoberry, cobertura de blackberry, pedaços de lichia e flocos de chocolate, com Tia Cris na Avenida Copacabana.

Perfeito pra trabalhar o corpão nas calorias extras. Alguém tá a fim ?

"Ainda leva uma cara pra gente poder dar risada."

Há quase cinco anos fazendo esse blog direto, preciso dar um tempinho pra passear por outras paradas, respirar outros ares e pensar com algum distanciamento sobre o que rolou aqui, até agora. Não quero me tornar repetitivo e nem blogar no piloto automático.

O Avenida Copacabana não é só meu. Esse espaço existe porque é construido principalmente por vocês, que vêm aqui, me dão as mãos e passeam junto comigo. Sem as suas visitas não teria o menor sentido expor na internet o meu olhar sobre a vida, sobre as pessoas e sobre Copacabana.

O Av. Copacabana entra de férias durante algum tempo. Espero reencontrar vocês aqui, meus queridos e queridas.

Comportem-se. Não briguem. Divirtam-se. Falem com estranhos. Usem camisinha.

Tem Fanta Uva, Mineirinho e cerveja na geladeira.

E lembrem-se: a vida é muito curta pra gente ser triste.

Um beijo, Jôka

Fotos - Jôka P.