Páginas da (minha) vida...

Existem circunstancias inexplicáveis e misteriosas que nos levam a pagar micos devastadores de proporções bíblicas.

Ontem gravei um daqueles depoimentos infames e tétricos que aparecem no final dos capítulos de Páginas da Vida.
A entrevista foi feita na ensolarada Praça General Osório, em Ipanema, que felizmente estava totalmente vazia.
As poucas pessoas que passavam, nem paravam para ver, passavam direto, não estavam nem aí.
Carioca é assim mesmo. Está super acostumado a ver filmagens e artistas , portanto não rola nunca aquela tietagem cafona de turistas caipiras.

O diretor dessa novela tem muita lábia para puxar coisas íntimas de você. Vai conversando, jogando um papo, enquanto o câmera vai filmando, meio de longe.

Você nem percebe e vai soltando as coisas mais sinistras, numa ótima. Como se estivesse no boteco da esquina, tomando a quinta cerveja com o seu melhor amigo de infância.

Acho que nem que editem e cortem praticamente tudo, esse lance vai passar.

Lembra daquela nêga-véia gozadeira e despudorada que falou cada sem-vergonhice de fazer corar até a multi-sexual Thammy Gretchen ? Pois o que eu contei, vai fazer aquela idosa taradona parecer uma doce e virginal pastorinha evangélica pedindo o dízimo no "Pequenas Igrejas-Grandes Negócios".

Na pior das hipóteses, depois desse micão, ainda podem me aproveitar como apresentador-bunda-lelê do canal pornô Sexy-Hot ou animador dos shows eróticos da desbundante Rita Cadillac nos inferninhos sórdidos de Copacabana.

Todos os dias nós escrevemos as nossas páginas da vida.